Quanto a minha graduação muitas histórias vivenciadas, realizei vestibular em Valença e cursei faculdade a distância semipresencial em Santo Antonio de Jesus na FACE ( Faculdade de Ciências Educacionais), saímos daqui de Jequié às vezes de ônibus ou de topic, saindo 4 horas da manhã para chegar às 8 horas, onde ficávamos o dia todo, retornávamos as 22 ou 23 horas do sábado do mesmo dia, uma vez por mês ou quinzenal, éramos 15 alunos onde fizemos seminários , oficinas, trabalho em campo, excursões, trabalhamos com vários teóricos assim como, Wallon que vê o desenvolvimento da pessoa como uma construção progressiva em que sucedem fases com predominância alternadamente afetiva e cognitiva. Mim deparei com o senso comum de Vygotsky onde desenvolveu os conceitos espontâneos ou do cotidiano, também chamados de senso comum, são aqueles que não passaram pelo crivo da ciência e trabalha com a idéia de zonas de desenvolvimento, vislumbrei com o ensinamento de Ana Teberosky e Emília Ferreiro para elas as crianças elaboram conhecimentos sobre a leitura e escrita, passando por diferentes hipóteses da escrita: pré-silábica, silábica, silábica - alfabética e alfabética.Ana Tebetosky foi uma das orientadoras na construção da minha monografia onde eu pesquisei e relatei sobre as dificuldades de aprendizagem dos alunos, utilizando as hipóteses silábicas. No caso de Sócrates fiz uma viagem no tempo, um dos grandes pensadores nos diz que o verdadeiro conhecimento vem de dentro, aprendi muito com os pensamentos de Santo Agostinho mostrando pensamentos voltados para Deus. Para ele Para ele Deus é a bondade absoluta e o homem é o réprobo miserável condenado à condenação eterna e só recuperável mediante a graça divina e Paulo Freire nos relata que a escola deve ensinar o aluno a ler o mundo para poder transformá-lo brilhantes conhecimentos para nós educadores. Ganhei muito nesta graduação, tanto em crescimento quanto em conhecimento. Teve momentos que deparamos com carro que soltava a capa do pneu em plena BR 101, perseguição de ciganos, onde o carro que nos levavam atropelou um filho de cigano na rodovia, o motorista sem poder parar para não se linchado pelos ciganos, teve que abandonar o local e em fuga fomos perseguidos como em um filme na BR 101, chegamos a um posto, o motorista entrou em uma sala e chamou a policia da cidade mais próxima, depois a policia rodoviária e por ultimo a civil, com isso os “gajões”, como são chamado os ciganos queriam a qualquer custo pegar o motorista, fomos escoltados ate a cidade de Valença ao complexo policial, a faculdade nos enviou um advogado, graças a Deus conseguimos retornar a nossa cidade e a criança não sofreu nenhum problema grave.
Terminamos a graduação entrei em uma especialização de psicopedagoga na REALIZA, no intuito de descobrir e como lhe dar com as dificuldades dos alunos em sala de aula. Após esta fiz outra especialização em educação especial pela FIJ, hoje FIEEF, tive também excelentes professores, onde através de informações teóricas e vivenciadas por muitos deles consegui melhorar as minhas inquietações, de lhe dar com alunos especiais. Mesmo assim ficamos de pés e mãos atadas por não termos assistência de uma equipe especializada para atender estas crianças com dificuldades como: um fonoaudiólogo, psicólogo, neuropediatra e outros especialistas.
Retomo a escola em que trabalho onde relembro o texto de Dayrell mostrando a chegada dos alunos na escola o barulho da sirene o burburinho e a correria dos alunos ate as suas salas. A minha turma são alunos de 5° ano com faixa etária de 10, 12 anos e 15 anos no caso de Isaias aluno especial onde a cada ano deparamos com problemas diferentes em sala, tenho em um dos turnos cinco alunos especiais onde dois deles tem laudo acompanhados por Dr. Eduardo Corró, alem deles mais dois são acompanhados pelo CAP e um com baixa visão acompanhado pela AJECE. Segundo Dayrell ao se trabalhar com jovens deve-se compreendê-lo na sua diferença, enquanto individuo que possui uma historicidade, com visões de mundo, escalas de valores, sentimentos, desejos, projetos , com lógicas de comportamentos e hábitos que lhe são próprios.
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