Comecei minha trajetória de estudante aos quatro anos de idade em uma casa que funcionava como escola perto da minha casa. Minha mãe sempre ia me buscar mais cedo, pois eu gostava de dormir sempre a tarde não ficava muito tempo além dessa, freqüentei quatro escolas em casa de vizinhos por mais alguns anos.
Passei um período em uma escola do município na época conhecida com AJAN era uma casa simples, alugada pela prefeitura onde as cadeiras eram todas de madeiras, a merenda que eu lembro era uma galinha que vinha enlatada os ossos eram bem mole tinha acredito mais ou menos um quilo na lata, o ensino era através de ABC e cartilha.
Segundo CAGLIARI (1998): A maneira como as cartilhas lidam com a fala e a escrita confunde as crianças uma vez que passa a idéia de que a linguagem é uma soma de tijolinhos representados pelas sílabas e unidades geradoras. Ora, as crianças aprenderam a falar de outra maneira e, portanto, para elas a linguagem apresenta-se como um todo organizado de maneira muito diversa daquela que a escola lhes mostra. No fundo, as cartilhas deixam de lado toda a trama da linguagem, ficando apenas com o que há de mais superficial (p.82).
Após este período meus pais me matricularam em uma escola particular chamada Dósreis onde o dono da casa parecia um papai Noel, morava no lado e na outra parte funcionava a escola que era uma igreja evangélica, possuía bancos de madeira compridos com lugar para escrevermos. A professora chamada Maria José, conhecidíssima na época, outra professora famosa que tinha o mesmo método de ensinar naquela época era dona Minalva. Maria José tinha muitos alunos, pois as famílias a tinha como referencial de ensino utilizava o método tradicional, usava a régua de madeira, uma palmatória, cartilha e tabuada, Nunca precisei utilizá-la, o grão de milho para os alunos rebeldes, quando ensinava o alfabeto utilizava o papel com uma roda no centro, momentos no qual não podemos esquecer. Neste período observamos que o professor é um mero reprodutor do seu conhecimento, sem preparo transmitindo o que sabia. Segundo Alarcão [...] a noção de professor reflexivo baseia-se na consciência da capacidade de pensamento e reflexão que caracteriza o ser humano criativo e não como mero reprodutor de idéias e práticas que lhe são exteriores. É central, nesta conceitualização, a noção do profissional como uma pessoa que, nas situações profissionais, tantas vezes incertas e imprevistas, atua de forma inteligente e flexível, situada a reativa. (ALARCÃO, 2003, p.41)
Nenhum comentário:
Postar um comentário