Após o primário fui para o colégio polivalente onde para matricular os alunos tinham que fazer uma prova de classificação, antes os pais teria que pernoitar para conseguir fazer uma inscrição que resultaria nesta prova, não fiz por conhecer uma funcionara da escola. Período importante da minha vida, onde a escola dispunha de aula de educação para o lar como culinária e pintura, técnicas agrícolas onde trabalhavam com a terra, e técnicas industriais aprendiam utilizar o pirografo, a parte de impressão, construção de matérias feitos com madeiras e cerâmica. As aulas de educação física eram divertidas usava uma micro saia com um shortinho por baixo que parecia uma calcinha, quem é que hoje vai à escola vestido assim? Os sapatos vulcabras preto, conga branca ou azul, para as atividades de educação física. Nesta época as escolas não tinham tanta violência como hoje, os alunos gostavam e sentia prazer em estar na escola, não era algo imposto como vimos nos dias atuais, crianças sendo obrigadas a estudar pelos pais, porque irão perder a bolsa escola, o leite, ou quando falam em paralisação ou greve muitos dão graças. Os alunos deste tempo nem todos tinham acesso à escola, pois os materiais eram caros, os livros não eram distribuídos gratuitos pelo governo, como hoje, para entrar em uma faculdade era muito difícil. Não posso deixar de relatar a respeito de uma professora chamada Maria Luiza era um carrasco, época de prova parecíamos que estávamos em um campo de concentração, ficávamos sentados estáticos sem poder levantar na hora da prova, não podíamos virar para os lados, que dirás pegar uma borracha no chão. Outra atividade era os cadernos de copia, todos tinham que fazer solicitados pela professora de língua portuguesa, Nelci, se errássemos em uma copia na parte ortográfica na próxima aula teríamos que trazer mais três. Estudei no colégio Polivalente até a 8ª série, não queria fazer o ensino médio ou cientifico por não dar nenhum diploma, optei em fazer magistério no IERP.
Estudei três anos no IERP no GOTE onde existiam três pavilhões, momento de construção da minha identidade como educadora, onde tive a minha primeira experiência como professora, momentos em que percebi que seria algo prazeroso lhe dar com crianças e com seu aprendizado. Fiz o estágio na Escola Alto da Coelba, estudei durante os três anos no IERP, estagiei na mesma escola a qual estudei a 3ª e 4ª serie. Algumas coisas tinham mudado, porém a estrutura física continuava à mesma, sete anos depois, hoje Colégio Cesar Borges, onde deparamos com salas com ar condicionado e quadra de esporte. A formação do professor se dar como um processo contínuo, no qual não se reduz somente à formação inicial. Segundo Ribas (2000, p.38). “A formação inicial não é uma fase completa na vida do professor e sim uma primeira etapa: no entanto se ela preparar bem (desenvolvendo atitudes de disposição para o estudo, para a busca de referências na prática e para a investigação) o professor transporá os obstáculos do cotidiano escolar e terá maior segurança nas decisões, principalmente na fase de socialização que ocorre no ambiente de trabalho”.
Parei de estudar após o magistério iniciei uma carreira autônoma como professora de educação infantil, aluguei umas garagens, com espaços pequenos, conseguindo matricular um número grande de alunos, vizinhos e desconhecidos, alfabetizando com poucos recursos, crianças de quatro a seis anos. Acredito que esta minha vocação de ser professor foi construída através de muitas vivencias em escolas pequenas, principalmente que naquela época, o professor era importante, tinha o seu valor, queríamos ser igual a eles quando crescer, com isso fui gostando e aqui estou.
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