Ao realizar uma viagem, primeiro
devemos buscar o tipo de transporte, logo depois comprar as passagens, para daí
desfrutar de todos os locais que iremos passar das estações que poderemos parar
e dos passageiros que irão entrar ou sair.
É nesta viagem de trem que irei
descrever a minha trajetória sobre a minha construção e aprimoramento dentro do
PIBID, deu inicio em um belo dia de sol no ano de 2014 na cidade de
Jequié. Parei na estação UESB conhecida
como Universidade Sudoeste da Bahia, antes ouvi da professora Socorro Cabral
relatos de um projeto que a UESB estaria fazendo em parceria com as escolas
publicas, fiquei de inicio desconfiada, algo vindo de Socorro já sabia que era
muito agitado e de grandes estudos. Conhecendo-a das supervisões das
estagiárias feitas na Escola Vilma Brito.
Iniciando a viajem no PIBID deparei com um
grupo de alunos sedentos de novidades e novos conhecimentos. Porem apreensivos
diante das situações a enfrentar. Na cabine
do trem ficava o maquinista orientando e partilhando os seus conhecimentos
apreendido no decorre de sua carreira. Com
Socorro Cabral vivenciei aquilo que eu estava apreensiva de inicio, de não dar
conta dos trabalhos solicitados, muitos estudos e conhecimentos novos nos foram
apresentados.
A cada vagão foram aparecendo elementos novos
que passaram a fazer parte de minha construção, como: encontros com toda a
equipe para direcionar e avaliar as estratégias de trabalho a serem realizadas
em sala de aula; assistimos filmes que
nos ajudaram a comparam e interagir com a realidade e situações das escolas
atuais; oficinas que foram de grande importância, como a do ambiente moodle e a
construção de blogs, onde partilhamos os nossos aprendizados, intervenções
elaboradas, reflexões e questionamentos feitas por toda equipe a respeito dos
trabalhos realizados.
Chegaram novos membros como a coordenadora Ivana de Deus com sua
tranqüilidade e novos conhecimentos abordados, contribuindo com os novos estudos
direcionados para o ano de 2015. E assim
como na estação saíram alguns passageiros e entraram outros. Livros
importantíssimos foram nos apresentados como Tijolo por Tijolo de Ana Tereza
Naspolini e Alfabetização método sociolingüístico Onaide Schwartz Mendonça e
Olympio Correa Mendonça estes de grande relevância onde ampliou os meus
conhecimentos referentes à forma de alfabetizar, diferenciada daquela que antes
trabalhava, passei a trabalhar de maneira fundamentada levando para os alunos
um modo de aprendizagem diferente como: reescrita de gêneros textuais com
skepes books, construção de outras palavras, através de uma palavra geradora
utilizando as suas famílias silábicas. Trabalhamos com o estudo de teoricos
como Rui Canário, Gauthier, Dayrell, Miguel Zabalza, Imbérnon, que nos ajudaram
a refletir sobre o fazer pedagógico.
O trabalho com a turma do PIBID foi
desafiador, receber vários alunos em sala de inicio causa uma mudança na rotina
escolar. Porem os desafios foram feitos para testar a nossa capacidade de
superá-los ou desistir, neste foi muito gratificante, pois aprendi e acredito
ensinei. Utilizei destes desafios para observa a capacidade que o ser humano
tem para construir ou desconstruir seus saberes. Passei a olhar o
comportamento, as construções aprendidas e realizadas tanto pelo grupo como
pelos alunos em sala.
De inicio sentir alguns nos grupos
inseguros, desconfiados outros ainda se encontrava acomodados, sem conseguir
compartilhar seus conhecimentos e trabalhos realizados, mostrando-se muitas
vezes acomodados, cansados ou detentores do saber com sua sapiência exacerbada
em seus pensamentos diante das construções coletivas, havendo desentendimentos
e isolamento de membros, monopolização da fala e de idéias, dificultando com isso o crescimento da maioria
da turma. Esses membros com o tempo foi observado que o trabalho não era fácil necessitava
da ajuda mutua e de muitos estudos e pesquisas. Acredito que muitos deles se
dedicaram com afinco, tiveram noites mal dormidas para conciliar casa,
trabalho, filhos, família, faculdade e escola. Com isso conseguiram ampliar os
seus conhecimentos através do companheirismo, da divisão, união e, sobretudo da
humildade de poder acertar através de correções e criticas construtivas.
Nesta viagem de trem foram feitas observações
alem do contato entre membros do grupo como também entre o grupo e os alunos,
neste notei o amor, o jeito de tratar os alunos de modo amigável deixando ouvir
e ser ouvido, conhecendo seus problemas suas angustias e respeitando os seus
limites ou criando também empatia deixando-os de lado por não conseguindo
resolver atitudes de grosseira e rebeldia daquele aluno, foi observado em
muitos a descoberta do verdadeiro papel de ser professor.
Esses meus relatos sobre a turma
foram feitos não para criticar de maneira destrutiva a postura de cada um, mas
para que as pessoas ao lerem façam uma analise ou reflexão das suas atitudes, se
continua sendo como um trilho parado no tempo ou se tens ajudado o outro a
crescer como um trem buscando novos
horizontes, deixando os problemas de lado e em busca de novas estações e
conhecimentos.
Assim como nas viajem onde o trem
passa por muitos lugares bonitos, outros não, alguns altos, outros baixos.
Nesta viajem deparamos com conhecimentos enriquecedores e desafiadores que
foram de grande valia para a minha pratica pedagógica, onde hoje eu posso dizer
que através do PIBID conseguir abrir os olhos para essas diversidades de
conhecimentos e mais ainda das dificuldades de aprendizagem que muitos alunos
se encontravam passei a ver resultados satisfatórios e mais rápidos, com esses
resultados a equipe transformaram em analise de estudos. Situações essas
capazes de modificar o modo de trabalhar, contribuindo e muito com uma educação
de qualidade.